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A definição mais aceita para a infertilidade é ausência de gravidez após um ano de vida sexual ativa, sem o uso de métodos contraceptivos ou mesmo a incapacidade de levar uma gravidez até o tempo certo de nascimento . Agora não se faz mais distinção de esterilidade e infertilidade. O prazo de 12 meses, ou 6 meses para mulheres acima de 35 anos, está baseado em modelos de probabilidade estatísticas e reforçado por observações epidemiológicas. Considerando-se que a taxa de concepção normal de cada casal seja em torno de 20%, a probabilidade cumulativa ao longo de 12 meses, será de 93%.

A infertilidade é de causa feminina em cerca de 40% dos casos, e do homem em outros 40%. No restante, em 20%, a infertilidade resulta de problemas em ambos os parceiros ou então sem causa aparente.

A maioria dos casais com dificuldades em engravidar não são estéreis, porém são inférteis ou subférteis (tem uma chance reduzida de conceber espontaneamente). Estudos recentes demonstram que 20% dos casais são inférteis e suscetíveis a algum tipo de tratamento, e destes apenas 5% não conseguem filhos.

A presença da infertilidade sem causa aparente pode, na realidade, possuir uma ou mais causas, como falha na captação do óvulo pela tuba, falhas de fertilização (defeitos nos espermatozoides ou óvulos de má qualidade), e falhas de implantação (dificuldade no embrião se fixar ao útero).

Com a finalidade de identificar se há infertilidade e quais as suas causas existem diversos exames clínicos e laboratoriais realizados tanto no homem quanto na mulher.

  • Idade Materna

    A idade materna é o fator mais importante para sucesso de uma gravidez. Isto porque os óvulos têm a idade cronológica da paciente, ou seja, a mulher já nasce com o número de óvulos que terá a vida inteira.

  • Laqueadura

    A mulher que fez laqueadura tubária pode engravidar através das técnicas de reprodução assistida, FIV clássica ou ICSI, tendo seus resultados muito superiores à cirurgia de reversão da laqueadura tubária, já que o retorno à permeabilidade tubária obtida por esta técnica não significa a obtenção de gravidez.

  • Endometriose

    A endometriose é o crescimento do tecido endometrial que reveste a cavidade uterina interna e que descama a cada menstruação, fora do local habitual.

  • Síndrome dos Ovários Policísticos

    A Síndrome dos ovários micropolicísticos é uma das mais frequentes disfunções ovarianas, que pode causar dificuldades para engravidar, porque está associado a anovulação crônica (não ovular) e irregularidade menstrual.

  • Fator Tubo-Peritonial

    Estão neste grupo alterações relacionadas às trompas e peritônio, que são causas de infertilidade feminina decorrentes da dificuldade de captação do oócito, seu adequado transporte intratubário

  • Fator Uterino e Cervical

    O fator uterino compreende as alterações anatômicas que alteram a cavidade uterina. O fator cervical está associado às anormalidades anatômicas de causa congênita, iatrogênica (cirurgia, cauterizações, dilatações, etc.), tumores e distopias;

  • Menopausa Precoce

    A menopausa precoce significa que ocorreu a falência ovariana, antes do tempo previsto. Portanto a mulher já não tem mais óvulos e produção hormonal, que possibilitem uma gravidez espontânea.

  • Azoospermia

    A Azoospermia é a ausência de espermatozoides, e pode ser obstrutiva ou não-obstrutiva. As Azoospermias podem ter sua origem em diversas causas, mas a ausência de espermatozoides no sêmen não significa que não poderemos obtê-los do epidídimo ou mesmo dos testículos a partir de uma punção por agulha ou cirurgia.

  • Vasectomia

    Homens submetidos à cirurgia de Vasectomia (interrupção da emissão de espermatozoides no sêmen) se tornam inférteis simplesmente pelo bloqueio da passagem dos espermatozoides até o ejaculado. Ou seja, a produção dos espermatozoides não é interrompida. Dessa forma, se depois de algum tempo o paciente decidir que querem ter filhos novamente, poderão ter dois tratamentos possíveis: a Reversão (religar os canais novamente) e a ICSI .

  • Varicocele

    Trata-se de varizes na região escrotal, onde estão alojados os testículos. As dilatações dessas veias prejudicam o fluxo sanguíneo local, a troca de nutrientes e levam, muitas vezes, à diminuição da concentração e motilidade espermática.

  • Causas Genéticas

    A alteração do número ou da estrutura dos cromossomos pode causar azoospermia secretora ou perda da qualidade do sêmen. As anomalias nos espermatozoides podem causar incapacidade de fecundação, parada do desenvolvimento embrionário, perda da qualidade embrionária, falhas da implantação, abortamentos de repetição ou fetos com anomalias estruturais.

  • Endocrinopatias

    As endocrinopatias são doenças causadas por disfunção de glândulas endócrinas, ou seja, disfunção na produção de hormônios. Existem vários hormônios que atuam induzindo a produção de substâncias fundamentas para a espermatogênese e maturação espermática.

  • Diminuição da qualidade e motilidade espermática

    Para ocorrer a gravidez espontaneamente são necessários pelo menos 5 milhões de bons espermatozoides para que um consiga  fertilizar o óvulo. Isto porque a jornada até o encontro com o óvulo é longa e a concorrência feroz.

  • Idade

    O efeito da idade sobre a fertilidade masculina não é totalmente claro. No entanto, há indícios crescentes de que possa ser um fator (embora não na proporção que é para a mulher).

  • Frequência do Coito

    Estudos mostram, de longa data, a relação entre frequência das relações e a ausência de gravidez.

  • Esterilidade sem causa aparente

    Esterilidade sem causa aparente significa que não foram encontradas alterações nos exames básicos realizados no casal, mas a gravidez não ocorreu após um ano de tentativas sem proteção.

  • Duração da Infertilidade

    Estudos no Canadá mostram que mulheres com infertilidade sem causa aparente, com mais de 30 anos de idade, têm 9% menos chance de engravidar a cada ano que passa.

  • Fatores Comportamentais

    O uso de alguns medicamentos (anabolizantes esteroides, quimioterápicos, imunossupressores, antiandrogênicos, indutores de hiperprolactinemia, etc.), uso de drogas ilícitas (maconha, cocaína, etc.), álcool, tabagismo, entre outros, podem ocasionar a infertilidade.

  • Fatores Ambientais e Socioculturais

    Fatores socioculturais envolvem estresse emocional e físico, dietas e estado nutricional podem, também, agravar a infertilidade.
    Em Fatores Ambientais entram agentes químicos, poluentes, metais pesados, solventes, pesticidas, radiações ionizantes, temperatura elevada, ondas eletromagnéticas também podem agir como fatores de infertilidade.

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