O sonho de ser mãe, ver a barriga crescer e segurar o bebê nos braços pode acabar se tornando fonte de pressão e ansiedade para mulheres que encontram dificuldades para engravidar. A fertilização in vitro tem ajudado milhares de casais que vivenciam essas circunstâncias e buscam por tratamentos.

O método consiste em promover a união dos gametas — óvulo e espermatozoide — fora do corpo feminino, no caso, em um laboratório de reprodução humana. Relativamente simples, a FIV está entre as mais bem-sucedidas técnicas oferecidas pelas clínicas de reprodução humana.

Se você busca se informar e quer saber mais sobre o procedimento, este post é para você. Reunimos aqui 5 informações relevantes sobre o tratamento!

O que é fertilização in vitro?

Trata-se de um procedimento em que a fecundação do óvulo pelo sêmen é feita fora do corpo da mulher. Esse tratamento tem como objetivo fazer com que o embrião seja criado em laboratório e depois transferido para o útero feminino. Depois desse processo, é feito o teste de gravidez para ter certeza de que o embrião foi implantado e evoluí adequadamente.

Antes do tratamento ser feito é necessário que o casal passe por alguns exames para detectar o estado real da saúde. Além disso, é importante realizar um diagnóstico preciso e detalhado para verificar se a FIV (Fertilização In Vitro) é a melhor opção.

Com a ajuda de um especialista e exames certos, o casal passa por etapas para diagnosticar o método mais eficiente para engravidar.

Não se pode dizer que não existem chances de gravidez se os exames de investigação da fertilidade vierem alterados, a não ser nos extremos como falta de espermatozoides – azoospermia ou trompas obstruídas, mas se existirem alterações nas trompas uterinas ou no útero, pode ser difícil que a gravidez ocorra espontaneamente. Por isso, procure sempre pela ajuda de um médico especialista para que cada passo seja feito e acompanhado.

Quanto tempo devo esperar para tentar a FIV?

Mesmo que a vontade de engravidar seja muito grande, nem sempre a falta de gestação é sinônimo de problema de saúde. Por isso, assim que você decidir engravidar, procure um médico para fazer um check up geral. Caso seja detectada alguma anomalia, então busque por outros tratamentos que possam ser mais indicados.

O tempo para ocorrer a gravidez pode levar até um ano. Para mulheres mais velhas, a partir dos 35 anos, quando a fertilidade começa a cair, é melhor iniciar sua avaliação após 6 meses de tentativas. Assim, procure sempre por uma clínica quando houver muita demora ou forem avaliados sinais de problemas.

Entenda a reação entre a idade e a fertilidade feminina

Qual a idade certa para tentar a fertilização in vitro?

Com o avanço da idade, os óvulos perdem qualidade e quantidade, porque a carga genética envelhece prejudicando a constituição dos cromossomos do núcleo celular. Dessa forma, após os 35 anos a mulher pode ter mais dificuldade para engravidar, pois há uma perda considerável da fertilidade.

O ideal é que ela não ultrapasse a idade de 42 anos, pois as chances de fracasso aumentam muito. No entanto, tudo depende da saúde do seu organismo e das condições dos seus órgãos reprodutores.

Em alguns casos, quando há pouca quantidade de óvulos ou baixa qualidade, é aconselhável a utilização de óvulos de outra mulher ( Ovodoação ). O mesmo caso é recomendado quando há necessidade de doação de sêmen, quando o homem apresentar alterações graves.

Outro procedimento bastante recomendado é o congelamento dos próprios óvulos, visando a preservação da fertilidade e uma gravidez futura. Neste caso é importante que o congelamento dos óvulos seja feito o quanto antes, de preferência antes dos 35 anos, para que os óvulos tenham a preservação da qualidade genética e melhores resultados.

Na verdade, qualquer mulher que tenha dificuldade de gestação e deseja ter um filho pode se submeter à FIV, mas, para isso, é importante que seus óvulos tenham boa qualidade e quantidade adequada. A FIV aumenta muito as chances de sucesso, e se não for diagnosticado qualquer problema com a mulher, o tratamento pode funcionar muito bem.

Como o procedimento é feito?

1. Passo a passo para a realização da Fertilização In Vitro

Como dito anteriormente, a técnica consiste em unir os gametas fora do útero materno, formando um zigoto e, depois, um embrião. Ainda dentro de uma incubadora biológica, simulando o ambiente uterino, o embrião cresce e se desenvolve até ser transferido para o corpo da mulher. A transferência acontece após dois ou três dias e no máximo, cinco dias após a coleta dos óvulos, na chamada fase de blastocisto.

Dessa maneira, o procedimento é realizado em etapas:

  • avaliação clínica com solicitação dos exames de sangue obrigatórios e indicação do procedimento,
  • estimulação ovariana com uso de medicação hormonal (em casa),
  • acompanhamento do desenvolvimento folicular por ultrassom,
  • coleta dos gametas (na clínica, sob sedação),
  • fertilização propriamente dita e desenvolvimento do embrião em meio de cultivo(no laboratório),
  • transferência embrionária,
  • teste de gravidez e finalmente,
  • ultrassom obstétrico transvaginal para confirmação final da gravidez e diagnóstico de gemelaridade.

transferência do embrião, é um procedimento simples, porém, delicado, e de muito significado – terminamos a primeira etapa de seu tratamento. É semelhante à um exame ginecológico, sem necessidade de sedação e com a bexiga parcialmente cheia, em que o médico insere os embriões na cavidade uterina por meio de um cateter flexível, guiado por um ultrassom e que pode ser acompanhado pelo casal.

2. Medicamentos utilizados na fertilização in vitro

A mulher libera, naturalmente, um óvulo a cada ciclo, no entanto, quanto mais óvulos maduros, maiores as chances de sucesso do procedimento. Por isso, após o diagnóstico, inicia-se um tratamento com medicações específicas, os hormônios, que estimulam os folículos, onde se encontram os óvulos, a crescerem e induzem a ovulação no momento certo. Quem indica este momento é o acompanhamento ultrassonográfico que avalia um lote de folículos em estágio pré-ovulatório.

Vejam que todo o acompanhamento é feito avaliando o desenvolvimento dos folículos e não por avaliação direta dos óvulos; isto quer dizer que só após a coleta dos óvulos, que teremos a quantidade correta a serem utilizados, em metáfase II, com 23 cromossomos para serem fertilizados e transformados em embriões.

Esta etapa dura em torno de dez dias e é realizada em casa inicialmente, através de injeções subcutâneas que podem estimular seus ovários por até sete dias seguidos. Após cinco dias da primeira injeção, será iniciado a monitorização ovariana por ultrassom. Após uma ou duas avaliações, serão feitos os ajustes de medicação e já estará no momento de preparação para coleta de óvulos.

3. Possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados

Assim como qualquer outro medicamento, os remédios usados para a FIV podem causar alguns efeitos colaterais. Os principais são, em grande parte, a potencialização de sintomas hormonais naturais do ciclo feminino, como:

  • sensibilidade nas mamas e aumento da secreção vaginal;
  • fadiga e alterações de humor;
  • enjoo e, eventualmente, vômito;
  • retenção transitória de líquidos em pequena quantidade como em um ciclo menstrual;
  • sintomas de TPM.

Além disso, podemos citar alguns decorrentes das injeções:

  • dor local e pequenos hematomas;
  • vermelhidão e coceira no lugar das picadas.

Por último, o principal risco associado à FIV:

  • síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO), muito associada aos ovários micropolicísticos.

A SHO ocorre quando os ovários crescem exageradamente e pode causar o extravasamento de líquidos para a cavidade abdominal e pulmões, levando à dor intensa, inchaço e problemas respiratórios. Em casos extremos, mas raros, há risco de trombose e insuficiência renal.

A experiência em acompanhar a estimulação ovariana, modulando os hormônios e não perdendo de vista o crescimento folicular, algumas medicações preventivas e principalmente não transferindo os embriões neste ciclo, previnem com segurança a ocorrência de sua forma grave. Isto porque são os hormônios da gravidez, fabricados pelo embrião, que fazem a progressão de um caso facilmente controlável para uma situação de urgência.

Com medidas preventivas e uso adequado das medicações, hoje não há mais a ocorrência de sua forma grave. Também devemos assinalar que as chances de gravidez são menores neste ciclo de aumento exagerado dos hormônios, voltando ao normal, já no ciclo seguinte em que podemos preparar só o endométrio para transferência embrionária, sem estimulação ovariana.

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4. Principais riscos do tratamento

Além da SHO já mencionada, estão entre os principais riscos do tratamento de fertilização in vitro:

  • dor abdominal e na pelve, quando tratada com analgésicos, desaparece em poucos dias;
  • lesão dos órgãos próximos, como bexiga ou intestinos (daí a necessidade de experiência em intervenções guiadas por imagem, que evitam estas intercorrências);
  • infecção pélvica, cada vez mais rara em virtude da administração de medicação profilática;
  • gravidez ectópica, quando o embrião implanta nas tubas, ocorre em apenas 1% dos casos;
  • sangramentos e torção dos ovários, embora muito pouco frequentes.

É importante mencionar que alguns destes riscos são perfeitamente evitáveis com o uso de protocolos seguros, medicamentos adequados e realização do tratamento em mãos experientes.

5. Taxa de sucesso da FIV

Embora as chances de sucesso sejam reais já na primeira tentativa, nenhuma técnica é totalmente garantida. No caso da FIV, muitos fatores podem influenciar o resultado, mas assim como na gravidez natural, o principal deles é a qualidade dos óvulos que sofre ação do tempo com a idade da mulher, ou seja, a carga genética deverá ser normal com 46 cromossomos, 23 cromossomos vindos de cada um do casal.

Mulheres com menos de 35 anos têm até 60% de chance de conseguir engravidar, mas após os 37,  a taxa começa a cair, chegando a 25% aos 40 anos.

As chances de gravidez aumentam por duas razões:

  • a primeira porque pulamos uma série de etapas do que se conhece do processo de fertilização, indo direto para a última fase em que o embrião já formado, estará dentro do útero e deverá se implantar conforme sua carga genética lhe permitir;
  • a segunda razão também muito forte está relacionada a uma aumento do número de embriões disponíveis para implantação: quanto mais embriões maior as chances de acertar o embrião(ões) que vira(m) nenê!

Em outro post abordamos uma etapa complementar à FIV,  que é a análise genética embrionária (FIV com PGD), ou seja,  fazer a avaliação genética embrionária prévia à sua implantação no útero, selecionando os embriões com cariótipo normal, o que elevaria ainda mais as chances de gravidez e excluiria as possibilidades de implantação de embriões com problemas genéticos, como a Síndrome de Down e outras ainda mais sérias, que não permitem a ocorrência de uma gravidez normal.

A fertilização in vitro se revela uma excelente opção para casais que experimentam problemas de fertilidade de diversas naturezas, tanto de origem feminina quanto masculina. Especialmente quando conduzida por especialistas, a técnica apresenta riscos minimizados e chances de sucesso aumentadas.

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